JOGO ASTROLOGICO

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Pelotas 2012

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Oficina em Pelotas

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Em Pelotas 2012

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quarta-feira, 29 de abril de 2009

PRIMEIRO SEJA!

Oi pessoal, segue aí um texto do Osho sobre relacionar-se, o tema do nosso primeiro encontro AstroVivo. É incrível o sincronismo do texto com o mapa astrológico que inicia com a Casa 1(o Ser), então boa leitura!!

Primeiro seja!

Você não é. Você ainda não nasceu, é apenas uma potencialidade. Você ainda não está preenchido - e só duas pessoas preenchidas podem se relacionar. Duas sementes não podem se relacionar, elas estão fechadas. Duas flores podem se relacionar, elas estão abertas, podem mandar suas fragrâncias uma à outra, podem dançar no mesmo sol e no mesmo vento, podem dialogar, podem sussurrar. Mas isso não é possível para duas sementes. As sementes estão fechadas, sem janelas - como podem se relacionar?
E esta é a situação. O homem nasce como uma semente. Ele pode se tornar uma flor, ou não. Tudo depende de você, do que faz consigo mesmo; tudo depende de você crescer ou não. A escolha é sua e é ela que tem de ser encarada a cada momento.
Milhões de pessoas decidiram permanecer sementes. Por quê? Se elas podem se tornar flores e podem também dançar ao vento, sob o sol e a lua, por que decidiram permanecer semente? Há algo em suas decisões. A semente está mais segura do que a flor. A flor é frágil; a semente não é frágil, a semente parece mais forte. A flor pode ser destruída muito facilmente; apenas um vento forte, e as pétalas murcham. A semente não pode ser destruída tão facilmente pelo vento; a semente está muito protegida, segura. A flor está exposta, uma coisa tão delicada e exposta a tantos perigos. O vento pode vir forte, pode chover a cântaros, o sol pode ser forte demais, algum tolo pode colher a flor. Qualquer coisa pode acontecer à flor, tudo pode acontecer à flor; a flor está constantemente em perigo. Mas a semente está segura.
Por isso milhões de pessoas decidem permanecer sementes. Mas permanecer semente é permanecer morto, permanecer semente é não viver de modo algum. Certamente ela está segura, mas não tem vida. A morte é segura, a vida é insegurança. A pessoa que realmente quer viver, tem que viver em perigo, em constante perigo. Aquele que quer alcançar os picos tem que correr o risco de se perder. Aquele que quer escalar os mais altos picos tem que correr o risco de cair de algum lugar, de escorregar.
Pois seja, então você pode se relacionar. E lembre-se, relacionar é lindo. Relacionamento é um fenômeno totalmente diferente; relacionamento é algo morto, fixo, um ponto final, uma coisa já completa. Relacionar é um processo. Evite relacionamentos e vá cada vez mais fundo no relacionar. A minha ênfase está em verbos e não em substantivos. Evite suibstantivos o máximo possível. Na linguagem você não pode evitar, eu sei; mas na vida, evite - porque a vida é um verbo. A vida não é um substantivo; é na verdade "viver" e não "vida". Não é amor, é amar. Não é relacionamento, é relacionar. Não é canção, é cantar. Não é uma dança, é dançar. Veja a diferença, saboreie a diferença.
Em vez de pensar em se relacionar, preencha o primeiro requisito: medite, seja. E então relacionar surgirá por si próprio. A pessoa que se torna silenciosa, em benção, que começa a ter energias transbordantes, que se torna uma flor, tem que se relacionar. Não é algo que tenha que aprender como fazer; é algo que começa a acontecer.
Não é uma questão de relacionamento com alguém em particular. A questão básica é , se você é, toda a sua vida se torna um relacionar-se. É uma constante canção, uma constante dança, é um continuum, um fluir como o rio. Medite, encontre o seu próprio centro primeiro. Antes que você possa se relacionar com outra pessoa, relacione-se consigo mesmo; esse é o requisito básico a ser preenchido. Sem ele nada é possível. Com ele, nada é impossível." Osho-Relacionamento, Amor e Liberdade

"Os problemas não podem ser resolvidos coletivamente, pois a massa não se modifica se o indivíduo não se modificar. Nem mesmo a melhor das soluções pode ser imposta ao indivíduo, uma vez que ela só será boa se estiver conectada a ele mediante um processo natural de desenvolvimento interno. Trata-se pois de um empreendimento sem esperança depositar essa expectativa em receitras e medidas coletivas. A melhoria de um mal generalizado começa pelo indivíduo, e isso só quando este se responsbiliza por si mesmo, sem culpar o outro. Naturalmente isto só é possível na liberdade, e não na tirania, seja esta exercida por um homem que se auto promoveu ou criada pelo coletivo." C.G.Jung

sexta-feira, 10 de abril de 2009

A ASTROLOGIA PSICOLÓGICA DOS NOVOS TEMPOS

Caros viajantes virtuais, aqui vai o artigo publicado no jornal Bem Estar deste mês, abraços calorosos de ascendente em leão!
Maria Carolina.

A ASTROLOGIA PSICOLÓGICA

Após cerca de oito mil anos de existência, a Astrologia encontra um novo período de renovação dos seus conceitos e das suas prioridades. Um conhecimento, colorido há séculos por uma mística de “previsões” e “profecias”, transporta-se para uma linguagem psicológica, voltada para o conhecimento e desenvolvimento da consciência individual.

O céu e as estrelas foram desde tempos remotos um campo privilegiado para o desenvolvimento da nossa mente filosófica. A observação dos movimentos ordenados do Sol, da Lua e dos planetas, assim como também dos ciclos da natureza - das estações e da própria vida -, deram ao homem a possibilidade de organizar psiquicamente o mundo a partir dessas leis naturais.

O desenvolvimento da auto-consciência humana deu-se quando fomos capazes de refletir sobre essas relações e regularidades em nosso ambiente e no cosmos, percebendo ali uma projeção de nossa própria natureza interior. Essas regularidades ou “leis naturais” são assim, o arcabouço a partir do qual nossos processos psíquicos se desenvolveram e formaram o que chamamos “arquétipos”. Os arquétipos representam disposições psicológicas universais e que são encenadas por nós em nossos dramas cotidianos. As vivências arquetípicas são uma forma de integração psíquica de determinados temas, importantes ao nosso desenvolvimento individual e coletivo.

Temos por exemplo o arquétipo da “grande mãe”, simbolizado na astrologia pela Lua e que representa a nossa disposição psicológica para cuidar, nutrir, gestar... Seja um filho, uma idéia, um amigo ou a si mesmo. Essa disposição, ainda que seja universal, não é vivenciada da mesma forma por cada um, pois tudo dependerá de uma conjunção de fatores: socioculturais, psicológicos (desenvolvidos a partir das vivências) e de temperamentos e disposições inatas (o que é demonstrado pelo mapa astrológico). Se você nasceu mulher, provavelmente foi estimulada a desenvolver este arquétipo “maternal”. Por outro lado, se nasceu com a Lua em Aquário, pode querer se rebelar contra um determinado padrão de feminino.

Existe assim uma relação íntima entre o funcionamento e desenvolvimento psíquico do homem, as leis naturais e o movimento celeste. Essas “correspondências” são sugeridas em diversas correntes filosóficas e religiosas, que reconhecem desde tempos remotos a relação entre o que acontece nos diferentes níveis ou dimensões da existência: “assim na terra como no céu”, ou, mais contemporaneamente, “o macrocosmos está contido no microcosmos” (imaginemos por exemplo a analogia entre a estrutura de um átomo e todo o sistema solar).

“A astrologia é o estudo das correlações que se podem estabelecer entre as posições dos corpos celestes ao redor da Terra e os acontecimentos físicos e as mudanças psicológicas ou sociais na consciência do homem. (...) Assim é que a astrologia, ao relacionar as experiências aparentemente imprevisíveis e aleatórias do homem em seu ambiente terrestre com as alterações rítmicas e previsíveis da posição e das inter-relações dos corpos celestes, deu à humanidade um valioso sentido de ordem que, por sua vez, produziu uma sensação de segurança, ainda que transcendental” (Dane Rudhyar, As casas astrológicas).

O saber astrológico – assim como a psicologia junguiana – utilizou-se do conhecimento sobre essas correspondências ou “sincronicidades” (um termo de Jung) para desenvolver seu método de abordagem para o conhecimento e desenvolvimento humano. A astrologia pautou-se no estudo dos movimentos cíclicos dos astros e nos seus efeitos, ou “correspondências”, sobre os comportamentos humanos.

DAS PREVISÕES À PSICOLOGIA

Após cerca de oito mil anos de existência, passando por diversas fases, a astrologia acumulou um arcabouço enorme de conhecimentos teóricos e práticos. Nos últimos cem anos, sobretudo a partir dos escritos do grande astrólogo e pensador Dane Rudhyar, a astrologia encontra um período de renovação dos seus conceitos e das suas prioridades. Rudhyar irá traduzir todo um conhecimento astrológico, colorido há séculos por uma mística de “previsões” e “profecias”, para uma linguagem psicológica, ou seja, voltada para o conhecimento e desenvolvimento da consciência individual. Os astros deixam de representar aspectos vindos de fora, externos ao homem, para serem compreendidos em termos de manifestações de sua própria psique.

Esta nova abordagem da astrologia está muito próxima daquela desenvolvida pela psicologia de Carl Gustav Jung, contemporâneo de Rudhyar. A psicologia de Jung trouxe como método de acesso à mente humana o reconhecimento dessas forças psíquicas primordiais, arquétipos, buscando entendê-los na forma como se manifestam hoje na vida dos indivíduos.

UMA NOVA PROPOSTA, UM NOVO SENTIDO

A terminologia astrológica, segundo pensadores importantes como Dane Rudhyar e Stephen Arroyo, necessita evoluir em sintonia com o desenvolvimento da consciência humana e com o contexto sócio-cultural de sua época. Nesse sentido, evidencia-se o fértil casamento que pode existir entre a astrologia e os conhecimentos das ciências atuais, como os de diversos ramos da antropologia e da psicologia, que explicitam as influências sócio-ambientais e psico-subjetivas que constituem a realidade do homem contemporâneo.

O dever da astrologia, segundo a proposta trazida pela abordagem psicológica de Rudhyar, é o de “levar um sentido de ordem e de desdobramento harmonioso e rítmico aos seres humanos – não a seres humanos como eram no velho Egito ou na antiga civilização chinesa, mas tais quais são hoje, com seus atuais problemas emocionais, mentais e sociais”.
Conforme Rudhyar: “é na solução desses novos problemas que se constitui a principal tarefa da astrologia”, pois “é nesse nível de individualização psicomental que as necessidades mais cruciais do ser humano moderno se situam. E tudo tem valor em termos de sua capacidade de responder às necessidades da humanidade – seja a astrologia, a medicina ou a ciência e o conhecimento em geral”.

Assim, a astrologia não é um saber “acabado” ou “pronto”, mas ao contrário, está viva, e seu conhecimento desenvolve-se na mesma medida em que somos capazes de ampliar nossa consciência sobre as relações, ciclos e leis naturais, dentro e fora de nós mesmos. Nesse sentido, a astrologia deve ser compreendida não somente como uma forma de conhecimento sobre o homem mas também como um caminho para o seu desenvolvimento.

Por isso, chamo a atenção para o fato de que os conhecimentos astrológicos não podem permanecer apenas num nível de conceitos ou teorizações abstratas - frequentemente estereotipadas - do comportamento humano. Mas também, e sobretudo, ser percebido como possibilidades e potenciais a serem explorados, testados vivenciados e compreendidos na prática.
Assim é que a astrologia psicológica inaugurou uma nova fase dentro dos estudos sobre o homem e sua relação com o cosmos. Esta nova fase caracteriza-se pela abordagem psicológica e humanista dada por suas interpretações de forma que o indivíduo reconhece em si mesmo – e não mais em agentes externos a ele –toda a potencialidade e todo o limite de sua natureza humana única e original.