JOGO ASTROLOGICO

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Pelotas 2012

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Oficina em Pelotas

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Em Pelotas 2012

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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

NÃO ESPERE QUE TE DIGAM!

AUTOR
Estamos acostumados a ter uma visão de autoridade muito
vinculada a mando e obediência, uma forma rígida de
exercício do poder. Muitas vezes copiando atitudes,
absorvendo incontestavelmente aquilo que as autoridades
nos afirmam. É como se a autoridade significasse uma
espécie de "rei" absoluto que "sabe tudo", que tem uma aura
especial que o faz detentor de um poder incontestável,
como o Pai ou a mãe eternos, zelando pelo filho eterno.
Claro que, de uma forma ou de outra, acabamos por nos rebelar.
Essa visão antiga e arcaica de chefe, de mando, de hierarquia
já não faz mais sentido algum, mesmo que a maioria de nós
ainda exerça ou busque essa condição.
A imagem de autoridade, às vezes, chega a ser caricata,
gerando um facínio infantil, ingênuo, de um dia poder chegar
naquele estágio, naquele posto. Essa forma de lidar com
hierarquia e o próprio exercício do poder perpetua uma
condição de "prisão" e de inércia pessoal que afasta de
uma real responsabilidade em relação a nossa própria vida.
Estamos tão acostumados a uma condição de obediência
ou subservência que não percebemos mais a nossa
capacidade de sermos livres. Perdemos a sensibilidade
de ver e ouvir os sinais que nos devolvem a possibilidade
termos outra relação com liderança e de termos mais
autonomia. Isso acontece porque estamos viciados num
jeito de ver e sentir as coisas e buscamos uma referência
que nos dê algum tipo de segurança, que amenize o
nosso medo.
Essa referência está em plena transformação, e não é de
agora, esse processo já tem alguns anos, algumas gerações
já estão vivendo esse novo paradigma. A visão arcaica já não
supre mais as necessidades atuais, ela só aumenta nossos
temores, pois algo nos diz que seguir esse modelo é
embarcar num barco sem rumo.
Assim, podemos ficar revoltados e agressivos com tudo
o que lembra poder e autoridade.
Um exercício de grande utilidade é abrir espaço para ver
e sentir nosso ambiente próximo. Quando vamos a uma
palestra, uma aula, quando olhamos para nossa família,
podemos perceber se ficamos esperando a velha autoridade
se manifestar, ou se já podemos relaxar um pouco e deixar
que as coisas se manifestem sem necessariamente
esperarmos uma direção ou um caminho apontado
para seguirmos.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O TEMPO E A MEMÓRIA -CAPRICÓRNIO-CÂNCER

Fazer as pazes com o tempo é compreender e assimilar
Saturno de outra forma em nossos mapas individuais.
O tempo tem sido objeto de muitas crises para o ser humano.

Inventamos o relógio para medir o tempo e achamos que
havíamos solucionado nossa relação com ele. Doce ilusão, nossa
angústia ampliou-se! Não conseguimos detê-lo, o contrário,
o tic tac das horas nos lembra a todo momento da nossa finitude.
Ao que parece Cronos nos empurra impiedosamente para frente,

ao envelhecimento e morte. Sim, é o custo da encarnação,
passamos pelo tempo e ele passa por nós.
Mas o que efetivamente Cronos representa?
Sua imagem cruel devorando seus filhos é assustadora, mas
é como nos sentimos quando estamos “perdendo tempo”,
uma ansiedade nos toma e nos desnorteamos, para onde
devemos ir? Como não ser engolido pelo tempo?
Na Astrologia Cronos rege Capricórnio o signo das realizações,

das autoridades, dos projetos bem sucedidos.
A Casa 10 também é assunto de Cronos, a casa da consciência,

o meio do céu e sua visibilidade clara, nosso papel social.
Interessante que a consciência esteja associada a Capricórnio,

é a maturidade responsável. Daí uma compreensão mais ampla
de nosso Cronos ou Saturno interno, um trabalhador incansável
na busca por consciência, a cabra que sobe a montanha e não
desiste até chegar ao cume. Nosso Saturno constrói consciência!
Parece paradoxal que o engolidor de filhos nos ajude a obter
consciência, a única coisa capaz de detê-lo, ou talvez compreendê-lo.
Nossa autonomia depende de nossa consciência, Saturno sempre

foi associado a busca da independência, não é a toa que os
fortemente capricornianos buscam desde cedo essa condição de
autonomia. Mas o que parece um paradoxo é a nossa tremenda
incapacidade de nos tornar-mos livres.
É aí que aparece a confusão e o medo em Saturno, incapaz de

perceber além da forma ele não se libera e de uma maneira
conservadora preserva velhas atitudes ultrapassadas e
desgastadas. Por isso que em seus trânsitos pelas casas e planetas
de nosso mapa nos defrontamos inicialmente com nossas velhas
atitudes e hábitos. Precisamos perceber e sentir o quanto essas
velhas formas estão enraizadas para poder iniciar um processo
de reconstrução. Saturno transitando significa reforma geral,
entramos em obras, e um canteiro de obras é sempre angustiante
em função da nossa própria pressa de ter tudo arrumadinho.
Incrível, é Cronos-Saturno construindo consciência

por onde passa!
Então chegamos no signo de Câncer, o outro lado, a outra

face do tempo, o passado e a nossa memória. Uma maneira
incrível de conter o tempo e sua passagem. Tudo que passou
deixou rastro na nossa memória e a forma como lidamos com
essas lembranças traduz a qualidade de nossa interação com o
tempo. Câncer é regido pela Lua, nossa auto imagem e relação
com família e o passado formador do nosso recheio anímico,
nossa consistência emocional, nossa estrutura de sensibilidade.
Então quando somos muito cancerianos nos apegamos ao passado,
seja considerado bom ou ruim, ficamos presos nele, queremos
ele de volta ou nunca mais queremos experimentá-lo.
Preservamos muito as relações significativas, é um patrimônio
sentido e vivido em uma época, lembranças de tempos idos que
parecem sempre presentes.
Fica claro aqui a importância das memórias no processo de

desenvolvimento da consciência. Quanto mais formos capazes
de lembrar de experiências passadas mais podemos obter
consciência, percebendo o que precisamos soltar ou incorporar
para mudar e melhorar uma condição.
Saturno vai empurrar para frente e a Lua pode se apegar ao

passado em ressentimentos, em insegurança, em timidez,
em fechamento. Quando a Lua está mais segura tanto melhor
a passagem de Saturno, o processo emocional de crescimento
torna-se mais suave, menos dolorido. Saturno é a oitava superior
da Lua, uma Lua mais estruturada e segura. Fica claro assim a
necessidade de reconhecer as necessidades de nossa Lua e tudo
o que ela representa de nosso passado familiar. Crescer passa
pela capacidade individual de se desprender de forma saudável
das memórias vividas. Como se diz agora: Outro Mundo é possível!
Abraço
Eduardo
ps. o eixo Capricórnio/Câncer indica essa relação com a passagem

do tempo, como nos posicionamos na caminhada pela existência.