Depois das chuvas torrenciais é o terremoto do Haiti que
evidencia a ação do deus das profundezas. Um terremoto,
algo que mexe nas bases, no sub solo e devasta tudo aquilo
que aparecia na superfície. Não poderia ser algo mais
plutoniano, ainda mais num signo de terra como Capricórnio,
desabando com as estruturas ultrapassadas.
Mas, por quê? Por quê o Haiti, já tão assolado pela pobreza,
pela falta de tudo? Um lugar paradisíaco absolutamente
devastado por uma catástrofe natural. Um país devastado
pelo próprio povo em guerra a décadas.
E já se vão muitos anos em que tropas militares (forças de paz??)
da ONU estão no país, tentando ajudar, tentando promover
alguma paz. Mas, o que fazem efetivamente, que tipo de ajuda
é essa que não ajuda?
Talvez para entender algum significado simbólico dessa condição
em que o Haiti se encontra, se possa pensar no que Plutão pode
promover além da óbvia tragédia material.
Capricórnio é o sistema estruturado, todo esse monstro que
criamos para facilitar a vida no planeta, a nossa vida, porque
acreditamos que o planeta é nosso, nos apropriamos dessa
magnífica esfera azulada que circula pelo espaço infinito
em torno do Sol.
Criamos um modo de viver muito estranho, que precisa de
exércitos para promover a paz. Levamos esse aparato todo
para um país que se “perdeu”,
como o Afeganistão ou o Iraque, mas, se perdeu ou foi perdido,
ou foi amassado, sugado, empobrecido?
É, pelo jeito o sistema está precisando de uma sacudida e
Plutão não fica esperando educadamente algum tipo de
reunião para decidir o momento mais correto, não espera por
nenhuma base aliada. Ele simplesmente atua e nesse caso
devasta, acaba com qualquer polêmica. Tipo assim: Ah, vocês
queriam ajudar, então agora ajudem mesmo! Doem seu tempo,
seus alimentos, seus remédios, sua afetividade, suas ferramentas,
suas rezas, enfim olhem para o Haiti e venham até o Haiti venham!.
Acabem com essa hipocrisia de força de paz e promovam a paz
fazendo, botando a mão na massa, ou a mão na paz. Às vezes as
pessoas precisam de um saco de farinha, de tomates, de água
potável, de uma visita amigável, de uma troca, enfim de algo
que se aproxime do humano. Não é preciso esperar que todos
se entendam e façam um país com uma ideologia qualquer
que dê certo.
Dar certo pode ser uma simples visita de um vizinho que
traga a paz através de um prato de comida, de um jarro de leite,
de um vizinho que ajude pelo próprio interesse real que tem de
ajudar, que não fica preocupado se deve ou não fazer o que faz,
mas que segue aquilo que a sua consciência humana lhe diz
para fazer.
Parece que existe um significado nas coisas que ocorrem,
elas não são aleatórias. A natureza não está contra nós, pelo
simples fato de que não somos tão importantes assim. Somos a
mesma e única coisa, eis aí a compreensão pisciana não limitada,
não bitolada.
A mídia “transloucada” e ávida por tragédias, subliminarmente
perpetua um status de violência coletiva, pormenorizando as cenas
de destruição e morte. Buscando uma explicação para o desarranjo
natural do planeta na meteorologia, nos ventos, no sol, nas águas,
esquece-se “ingenuamente” do sistema criado sobre o planeta
pelos seus seres mais inteligentes, nós. Não temos nada a ver
com isso, somos eternas vítimas de uma natureza incólume...
que horror!
Pois, Plutão está iniciando uma limpeza, é bom ajudarmos
senão ele terá que fazer o serviço sozinho.
duastro@terra.com.br
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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
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4 comentários:
Que lucidez no olhar que lanças sobre todas essas coisas...tocante...Gracias por expressar o que vai no teu ser da forma como o fazes. Namastê. Jaque
ADOREI!
Sou nova por aqui e fui assolada pela quadratura plutão com plutão natal... Foi um tsumami, está sendo ainda...
Abraço!
Du, certeiro e direto como sempre, como um bom ariano! How!
Du, certeiro e direto como sempre, como um bom ariano! How!oitag
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