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Pelotas 2012

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terça-feira, 19 de abril de 2011

F r esta

Por aqui abriu-se uma fresta.
A tempos que esperava por algo assim, assim
inteiro, não meio.
Ultima-mente começei a achar estranho o ambiente
interno do meu ser. Um certo calor começou a
aparecer, um aquecimento interior se fez.
O que estava frio, calculado, pensado e defendido
parou de funcionar. Aquele recúo preservador de
idéias loucas, não recuou mais. As idéias loucas
ficaram tão loucas que nem precisaram mais pensar.
Tudo se alterou e um derretimento aconteceu.
As dores todas vieram e passaram, chegaram e
sairam, algo assim natural. Simples e natural como
a Vida que ali sempre esteve, atrás da cortina
pesada do medo de tudo.
E então as cores reapareceram junto com as notas
musicais e a suavidade das palavras faladas e
ouvidas.
Há tempos atrás Zilá havia me lido um texto sobre
o tempo, na época em que estudava sobre Saturno
na mesa da sala do ap da Thomaz Flores. Dizia o texto:
um tempo para cada coisa, cada coisa a seu tempo.
E compreendi a importância de Saturno nos mapas,
nos trânsitos e ciclos de crescimento.
Agora o enxergo em frente, 180 graus em oposição
direta, em clara luz, como que iluminado pelo meu
próprio Sol. Pela fresta vejo as sombras antigas,
velhas, apegadas, envenenadas pela mente velha,
desgastadas por uma idéia louca.
Vejo o tempo a tempo na minha frente e isso me
fez andar na sua direção, farto do recúo, farto da
ameaça e do pessimismo.
Ver o tempo ali pela fresta me alterou a atitude.
De uma certa forma me lembrou Dorian Gray e seu
retrato, traduzido em espelho. Cansei de me ver e
não me ver, cansei de assim me ver. É assustador
ver-se e mais ainda aproximar-se, chegar perto e
tocar em algo que ali está.
Toca-se e desmancha-se tudo.....e o tempo se altera
e a imagem muda.Tem um tempo para cada coisa,
um tempo para não se ver....
um tempo para se ver.
Namastê

Um comentário:

Ana Essarts disse...

Logo de início me chamou atenção o Título: será que é Fresta ou F R esta...o segundo parece um nome abreviado que pode quer dizer: fulano esta! ele esta presente, inteiro, vivo e já pela Fresta posso descobrir que ele sempre esteve lá, mas não estava aberto até então,bastou ter coragem e atitude pra romper olhar em outra direção e enxegar-se, enfrentando os seus medos,a resistência ao desconhecido e as tranformações que trás a ação de encarar-se...o processo concerteza é dolorido, mas libertador.