Quando a gente vive um
período assim longo de incertezas, inseguranças,
mudanças radicais de visão
de mundo, alta velocidade de transformações
estruturais e mentais,
ficamos com uma espécie de "labirintite comportamental".
Andamos em círculos
quadráticos elípticos, ou seja, sem direção nem sentido definidos.
Bom, e daí? Será que não foi
sempre assim mesmo?
Pois é, parece que
não. Diz que na época do cartesianismo, das
desconexões globais, daquela ciência achatada
de lógica e metodologia
linear, da conquista
da natureza,diz que ali tudo tinha uma
explicação!
Pasmem, alguém explicava que
tinha um certo e um errado! Era um tempo
de muita segurança, claro,
bastava aprender como fazer e pronto, estava
tudo resolvido. E tudo parecia tão
complexo, saber resolver o problema trazia
a redenção. Tudo tinha começo meio e
fim, havia um mundo que funcionava!
E a década de 60 do séc. XX foi o máximo, cientifizamos, ou cientifizemos
tudo em técnica.Tudo numa grande esteira de
produção, do intelecto à
cultura num piscar de olhos. Descobrimos os produtos!
Ganhamos grana! Abarrotamos os bancos e seguimos navegando.
Mas, daí, em alguma curva
começamos a repetir, repetir, repetir, e a ficar
tudo igual, igual, igual. Demorou, mas
chegou um certo desânimo existencial,
um desencanto, começou a faltar "matéria
prima", e tudo ficou cinza, reto
e previsível. E cá estamos nós hoje
perguntando: como se faz agora?
Pô, muito mais problemas pra
resolver!
Mas acabou a paciência, a
velocidade de tudo quadriplicou e ja não temos
nem mais onde gastar o "nosso din din" porque
todos os lugares estão
entupidos de lixo e produtos e nosso
dinheirinho não está servindo mais para
nada, nem para resolver os problemas. É, acabou-se a mente lógica,
stopida,
fim da linha! Nada mais tem começo meio e fim, nada mais é linear, a natureza foi
conquistada e a explicação já não serve nem pra boi dormir!
Tá tudo bem roxo! Realidade
virtual meu irmão, virtualidade sem virtuosos,
ou virtuozzis. A mente está noutra
vibração, então vem essa sensação do labirinto. Então,já que
entramos no labirinto vamos atras do
minotauro e
nem precisa ir muito longe que ele já se mostra.
Está dentro! Agarrado na
velha lógica, na velha forma de pensar os produtos, sim...os
produtos. Baita produção de
porcaria(s). Para que servem?
A quem servem? Bom, mas a questão é encarar
o minotauro, talvez apareça algum sentido.
Toda abertura facilita a mudança, tudo passa mais
fácil quando a porta está aberta. Abrir nesse
contexto significa coragem
para parar, simplesmente
parar, como se pudessemos morrer
agora, p a r a r .
E podemos! Sair do mecânico, sair da
esteira de produção pessoal, significa apenas que aquele produto
não será comprado. Que
temos escolhas!
Abraços
Edu
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