JOGO ASTROLOGICO

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Pelotas 2012

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Oficina em Pelotas

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Em Pelotas 2012

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quarta-feira, 10 de junho de 2009

Quando a umidade penetra




Sabe aquele dia de umidade e serração com
aquela tonalidade cinza meio amarelado?
Quando bate aquela nota Netuniana que diz:
Não sei o que está acontecendo, está tudo tão estranho parece
que tudo flutua!! Uma sensação de não estar em "si mesmo"
ou não caber dentro do corpo de si mesmo...
talvez esteja em outro corpo....quiçá no corpo de bombeiros,
dependendo do fogo!! Então o dia vai passando e vamos
perguntando: O que estamos fazendo mesmo?
Há estamos indo trabalhar, mas pra quê mesmo??
Todo mundo trabalha ué...tem que se ter uma motivação nessa vida!
Sim, nessa, na outra ...nas próximas todas!
Mas sabe quando todas as v i d a s parecem se acumular
enquanto você caminha na avenida movimentada, ou está no meio
do trânsito engarrafado querendo chegar num lugar para um
compromisso do qual se retorna pela mesma estrada?
.....Estrada que ao findar vai dar em nada, nada, nada, nada, nada.....
como canta Gilberto Gil em "Se eu quiser falar com deus"
Estranho isso tudo....tudo isso e nada, nada.
Sim esse é o tom de Netuno, uma espécie de melancolia existencial
persistente, aquele momento em que o avião desaparece!
E fica o grande e vasto oceano, o ar que virou água,
os elementos que se fundem em símbolos existenciais de vacuidade.
Quando a umidade penetra o corpo sente frio. Mas, não tem jeito,
a umidade vem....é preciso sentir frio. O viaduto da grande
cidade hospeda seres peregrinos, tribos sem rumo no caminho
sem direção evidente.
O som do ambiente é impessoal, não convida, nem intimida,
é um som que ruge o tempo e toca o ponto de mutação,
não passa incólume, fala de todos os tempos acumulados ali
em torno do viaduto.
Houve um tempo em que o viaduto não estava ali e nem o som
do rugido do tempo...mas esta jé é a seara de Cronos.....
Netuno ainda sussurra aos ouvidos que ainda escutam, o som
de novos tempos, bem novos tempos, bem fora do rumo costumeiro.
Um tempo que inicia com um desacostumar, um deshabituar, um
"des" constante...despir-se totalmente, tirar a roupa toda!
Quando a cabeça dói, é sinal que ela é sensível, quando
o coração dói é sinal que ele está vivo...por dentro.
Nada é vergonhoso! Desacostumar passa por sensibilizar,
estar aberto para o caminho. Passa pelo não ter! Não ter as coisas,
não ter o Amigo, mas recorrer a ele, deixá-lo ser Amigo.
As névoas do caminho se apresentam e a umidade penetra
na estrutura nova, estamos em reformas!!
Quando a névoa vem dá aquele esquecimento básico que
incomoda o vivente.
Parece que Netuno incomoda dessa forma, faz a gente exercitar
a santa paciência, não dá para ter pressa, não dá para querer demais,
não dá para colocar as coisas num trilho inflexível, não dá pra querer
arrumar o pátio do vizinho, não dá para programar com muita expectativa....
Mas dá para mudar de opinião, dá para deixar acontecer,
dá para ajudar e ser ajudado e dá para se fundir ao outro colocando-se
no lugar dele através do sentir e a partir disso respeitar profundamente
a sua condição.
E assim, enquanto a chaleira chia o amargo vou cevando....
Abraço enevoado....
Du

2 comentários:

insan(m)e disse...

Oi, Krug! Teu texto fez-me lembrar de um que há pouco escrevi em meu blog: sobre paciência, sobre apreciar o caminho, sem cegar-se pelo almejado objetivo. Teu texto me fez pensar ainda mais... essa minha mente mercuriana... rsrsrsr Obrigada! Abraço, Deisi

Amanda Martins disse...

Ae Du netuniano! Netuno invadindo a nossa praia aquariana. Que rebuliço que ele faz. Tudo e nada. Nos perguntamos: o quê? Aquário tenta racionalizar, mas parece que é tempo de deixar-se levar. Oh coisinha difícil para uma taurina como eu com esse misto de aquario... Vamo que vamo. Navegando nas ondas de Netuno. Me sinto o Odisseu, ultimamente. Essa é a idéia.
Beijos