Parece que as relações não
tem regras definidas mesmo, nem forma,
nem padrão, um ritmo, nem
jeito nehum. Mesmo que
socialmente
exista um ritual a cumprir,
e quase todos o cumprem, relacionar-se
é ainda uma arte indefinida,
incerta e sem controle algum.
Nascemos, crescemos e
morremos, e é isso.
Nesse meio tempo nos
relacionamos e o tempo cronos é a medida de
todas as coisas, todos os
encontros, todo o andamento.
Para onde estamos indo?
Em algum momento paramos,
olhamos ao redor, olhamos
para próximo e para longe de
nós. O tempo faz isso acontecer, é imperativo,
não interessa quando, mas em
algum momento olhamos. Neste momento
algo se mexe, algo fala, ou
grita. Ficamos parados! Saimos do repetitivo
mecânico no simples ato de
parar.
E as formas de estar
relacionando-se são infinitas, podemos ver a nossa
adequação ao socialmente
aceito, ao critério cultural do momento,
a nossa anulação mascarada
de muitos compromissos, agenda repleta,
compromissos, sim
compromissos dão idoneidade, justificam a alienação.
Podemos também enxergar
nossa rebeldia, somos contra tudo que existe,
do jeito que existe, agredimos a alguém, ao sistema
do jeito que ele está,
batemos de frente,
somos originais!
Quem sabe passamos a
enxergar mais de perto a precocupação
que temos com uma imagem, o
medo de sermos banidos do meio, sim podemos
ser marginais. Mantemos os
rituais não porque acreditamos mas por medo mesmo.
Assim, que relações são
essas? Com quem nos relacionamos?
Sim, claro, somos generosos,
ajudamos a todos, amamos muito nossos parceiros,
somos bons! Qual é a dúvida?
Porque não podemos continuar como estamos,
qual é o erro?
Podemos, podemos, podemos
continuar da forma que for, essa é a questão!
Não há erro em lugar algum.
Quando damos uma parada, iniciamos um outro
olhar, esse é o ponto, esse
é o mistério, porque paramos? O que nos faz olhar
diferente e reavaliar não
está associado a erro ou acerto, aliás talvez seja
para isso, sair desse certo
ou errado e experimentar algo que se está sentindo.
Porque não podemos? Quem não
deixa?
Em algum momento é preciso
ir um pouco mais fundo, mais adiante no processo.
Quando percebemos em nós uma
vontade genuína, realmente comprometida,
um real interesse conosco, também
contribuímos muito para o coletivo.
Podemos estar vivendo agora algo confuso, intenso, amedrontador, é um
momento cheio de mistérios e questões que não sabemos direito onde
podem
dar. É como uma inquietação, antes a pouco tempo atrás pareciamos tão
seguros e tão definidos em alguma escolha, em alguma relação, em
algum
trabalho. Mas, agora tudo está em stand by, perdemos um pouco do
controle
que achávamos que tinhamos, tudo parece ter ganho vida própria.
Bem, esta é uma condição deste agora, lidar melhor com aquilo
que se apresenta, ter um entendimento mais amplo, senão corremos o
risco
de não termos mais escolhas.
Escolhemos e somos escolhidos......
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